O número combinado de mortos na Turquia e na Síria após os terremotos da última segunda-feira (6) passou de 11,2 mil pessoas, segundo dados oficiais. O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan, afirmou nesta quarta-feira que foram confirmadas até agora 8.754 mortes no país. Na Síria, foram anunciadas até o momento 2.470 mortes. O tamanho do impacto deste desastre está entre os mais devastadores dos últimos 20 anos no mundo todo.
Acredita-se que o pior terremoto já registrado na história seja um de 1556 na província de Shaanxi na China. Estima-se que 830 mil pessoas morreram no tremor de magnitude 8. Apesar dos registros da época serem bastante detalhados segundo a Enciclopédia Britannica, não é possível ter certeza da precisão dos dados.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) previu ontem que número final poderia chegar a 20.000, o que torna a catástrofe maior que do terremoto de 1999 na região, que matou pelo menos 17.000 pessoas.
Além dos milhares de edifícios que desabaram ou estão perto de colapsar, as autoridades turcas enfrentam outros efeitos dos tremores de terra. Somente nesta quarta-feira (8), foi controlado um incêndio na área de contêineres do porto de Iskenderun, no sul da Turquia. As operações estão paradas há dois dias e navios os cargueiros estão sendo desviados para outros portos.
Os terremotos que atingiram o centro da Turquia e o noroeste da Síria na madrugada de 2ª feira (7.fev.2023) foram os mais fortes na região desde 1939. O epicentro foi registrado na cidade turca de Gaziantep. No local, os tremores alcançaram 7,8 na escala Richter. O 2º maior abalo sísmico se deu em Kahramanmaras, também na Turquia, e foi de 7,5 na escala Richter. As duas cidades estão localizadas na chamada falha de Anatólia. É nesta falha em que há o encontro de 3 placas tectônicas: Anatólia, Africana e Arábica. O resultado do movimento ou choque entre essas placas rochosas na crosta terrestre é o terremoto.
No mundo, os 5 maiores terremotos já registrados foram: no Chile (9,5 na escala Richter) em 1960; no Estado norte-americano do Alasca (9,2) em 1964; na Indonésia (9,1) em 2004; no Japão (9,0) em 2011; e na Rússia (9,0) e na Rússia (9,0) em 1952.
Enquanto isso, as condições climáticas – com temperaturas muitas vezes negativas – continuam a dificultar os trabalhos de equipes de resgate, que tentam encontrar sobreviventes soterrados pelos escombros, e a afligir famílias que perderam suas casas. Muitas pessoas foram forçadas a tentar se abrigar nas ruas das cidades destruídas, enquanto outras se instalaram em trens ou prédios estatais como acomodação temporária.
Na Turquia, nem mesmo a tragédia tem impedido o governo autoritário de Erdogan de punir opositores. Agências de notícias têm relatado a polícia turca já deteve várias pessoas por causa de suas postagens críticas ao governo nas redes sociais após o terremoto.
A Acnur já está presente na Turquia e na Síria fornecendo cobertores térmicos, colchões, utensílios de cozinha, lonas plásticas, enlatados, colchonetes, kits de roupas de inverno. Você pode doar por aqui.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mobilizou ajuda na Síria e está se concentrando em avaliar o impacto do terremoto nas estações de abastecimento de água. Também está trabalhando nos danos que as escolas enfrentam. A entidade ainda atua em ajudar crianças desacompanhadas a encontrar suas famílias. Você pode doar no site.
Organização com ampla atuação internacional, a Médicos Sem Fronteiras ofereceu apoio de emergência imediato após o terremoto, além de cobertores e kits de sobrevivência na Síria. Você pode ajudar doando pelo link.
A Save the Children atua no noroeste da Síria e na Turquia planeja apoiar as comunidades afetadas com kits de emergência para enfrentar o inverno. Você pode fazer uma contribuição neste link.
Fontes: Folha, G1, Poder 360, Infomoney, The New York Times.
