Morreu o narrador Silvio Luiz
Olho no lanceee! Morreu o narrador Silvio Luiz Morreu hoje, dia 16, o comentarista Silvio Luiz, aos 89 anos. Ele estava internado no Hospital Oswaldo
A cantora se formou professora, ainda bem jovem, um motivo de orgulho para muitos mestres, especialmente, os de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, que sempre tiveram um carinho grande por ela. Apesar do carisma e talento para o ensino, deixou o magistério para seguir o sonho de cantar e levar a emoção através de sua voz. Joelma recebeu inúmeros prêmios, participou de vários programas de TV, ficou conhecida em Portugal, França, Inglaterra e toda América do Sul. Das mulheres da Jovem Guarda, era uma das poucas que compunham suas músicas. O tempo que passou não conseguiu apagar seus feitos no disco, seus belíssimos registros no vinil. Poucas vezes, se ouviu no rádio, na vitrola, ou CD, interpretações tão explosivas de emoção tal qual as gravações da artista que saiu tão novinha de Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, para conquistar o Brasil. Se, a escola perdeu a regente do ensino, os discófilos e apaixonados pela música receberam uma verdadeira aula de canto. Os fãs de Joelma sempre lhe deram nota dez!
Nascida em Cachoeiro de Itapemirim em 19 de setembro de 1945, é uma cantora brasileira conhecida por sua voz potente e estilo único. Iniciou sua carreira ainda jovem, participando de festivais e programas de rádio. Seu pontapé inicial nas ondas radiofônicas foi na emissora da Baixada Fluminense, no Rio, Rádio Difusora Duque de Caxias, 1590 KHz, emissora que iniciou suas atividades na década de 1950, cantando nos programas de calouros. Por esse veículo de comunicação passaram nomes importantíssimos na Música Popular Brasileira, um deles, Joelma.
Quando o famoso Roberto Carlos ainda era um guri arteiro, com seus cinco anos, uma linda menina nascia pelas bandas de Cachoeiro de Itapemirim–ES. A garotinha foi batizada com o belo nome de Joelma. Ainda bebê, veio com sua família aqui para o Rio de Janeiro, estabelecendo-se no município de Duque de Caxias.
Com seis anos, auxiliando na limpeza da área em que ficavam os cabritinhos da família, ela pegava a vassoura, abria o sorriso e soltava a voz bem colocada, que ecoava, indo até ao barzinho das proximidades, despertando a admiração do comerciante e fregueses. A comadre de sua mãe também tecia vários elogios. Assim, Joelma Giro (ou simplesmente Joelma, como ficou conhecida), descobriu-se cantora. Desde muito cedo, a pequena garota, mostrou que tinha uma alma cantante, completamente apaixonada pela arte de interpretar canções. Não demorou, e ela, aos doze, passou a se apresentar na Rádio Difusora de Duque Caxias — emissora AM, faixa de 1590 kHz. Comecei a trabalhar nessa emissora em 1995, e pouco anos depois, quando ela mudou de frequência, sendo transmitida em 1480 kHz, com o nome fantasia de RDC 1480 AM, tive a alegria de entrevistá-la no início dos anos 2000, através dos esforços de Carlos Alberto, que apoiava o programa na produção. Joelma falou de sua carreira no “Vitrola da Saudade”, que ia ao ar nas tardes da emissora. Com muita simpatia, humildade e gratidão, a cantora de muitos sucessos, declarou ao povo caxiense, através das ondas da RDC AM, toda a sua gratidão pela acolhida e apoio no início de sua caminhada artística, especialmente, no auditório da Duque de Caxias, onde agraciava aos ouvintes com sua interpretação cheia de paixão, ainda bem jovem. A cantora narrou os acontecimentos e várias curiosidades de sua jornada inicial no mundo da música. Foi um momento muito especial para nossa audiência.
Joelma tomou decisões e enfrentou todos os desafios pela realização de seu sonho: cantar. Na Rádio Difusora Duque de Caxias, ela ganhou todos os concursos na década de 1950. Com sua voz afinada, encantava as plateias e evidenciava o talento que possuía para a vida artística. Os seus vizinhos do município da Baixada Fluminense ficaram orgulhosos da moradora ilustre que se destacou no Rio e conquistou o Brasil.
Na festa de aniversário da Rádio Difusora de Caxias, encantou com sua magnífica voz nada mais nada menos que, Emilinha Borba. Ao ouvir Joelma cantar “Chão de Estrelas”, o clássico de Silvio Caldas e Orestes Barbosa, a saudosa rainha do rádio não pensou duas vezes, pegou a garotinha de Caxias e a levou para se apresentar no popular programa Papel Carbono, apresentado por Renato Murce, na “PRE-8″, ou Rádio Nacional, se preferir. O ano era 1953. Só para constar, o programa de Murce foi um celeiro de estrelas. Atenção para alguns nomes que passaram por ele: Angela Maria, Os Cariocas, Doris Monteiro, Agnaldo Rayol, Roberto Carlos, Baden Powell e muita gente boa. Joelma era uma pré-adolescente e já conquistava fãs nas ondas sonoras.
Joelma também deu seus primeiros passos na música indo aos palcos de shows de calouros de várias emissoras, inclusive, no programa de Ary Barroso, conhecido por sua genialidade nas composições e por ser implacável com os aspirantes ao canto que iam ao “Hora do Calouro”, na Rádio Tupi. Na década de 1950, conseguir uma oportunidade como cantor no programa de auditório apresentado por Barroso, não era tarefa fácil. O candidato era submetido à pressão logo no palco, durante uma conversa ao vivo com o apresentador, momentos antes de começar a cantar. Durante a interpretação da música, o gongo era tocado ao primeiro sinal de desafinação por parte do calouro, que muitas vezes, sentia-se constrangido e, em alguns casos, até mesmo chorava ao deixar o auditório.
Barroso não gongou nossa estrela, mas não perdeu a oportunidade para corrigir um deslize na letra da canção “Risque”, do próprio Ary. Isso foi lá pelo final da década de 1950, quando Roberto Carlos já estava no Rio.
No início de década de 1960, com a efervescência da “Beatlemania”, o rock dominando o planeta e o pré-nascimento da Jovem Guarda, Joelma, finalmente, realiza um sonho: grava seu primeiro disco! Foi em 1963, pela gravadora Chantecler, interpretando o bolero “Incompreendida”, de Leonel Cruz e José Antônio e o samba canção “Só ele”, de Roberto Muniz e Heitor Mangeon. Em 1966, gravou o LP “Joelma”, também pela Chantecler, interpretando composições como “Balada do Sol”, de Moacyr Franco e Jean Miranda; “Pra Que Sonhar”, de Adelaide Chiozzo e Carlos Matos, e “Sim”, de Sérgio Reis, além de duas composições de sua autoria: “Eu Não Quero” e “Não Me Deixes Não”, esta última, uma versão sua para “Je Ne T’Aime Plus”, de Christophe. Entre seus grandes sucessos estão: “Não diga nada” (1965), “Perdidamente te amarei” (1966), “Não te quero mais” (1967), “Esta tarde vi chover” (1968) e “Aqueles tempos”, canção gravada em 1968, versão de Fred Jorge para “Those Were The Days”, o hit ficou nas paradas de sucesso em todo país. Além dessas, outras músicas marcam a trajetória vitoriosa da artista.
Começou sua carreira artística na década de 1960, interpretando músicas de Ângela Maria, Agnaldo Rayol e Joselito no programa de rádio “Clube do Guri”. Em 1953, foi apresentada por Emilinha Borba no programa “Papel Carbono”, de Renato Murce, na Rádio Nacional (RJ). Em 1963, lançou seu primeiro disco pela gravadora Chantecler, com o bolero “Incompreendida”, de Leonel Cruz e José Antônio, e o samba-canção “Só ele”, de Roberto Muniz e Heitor Mangeon. Em 1966, gravou o LP “Joelma” pela Chantecler, incluindo músicas como “Balada do Sol”, de Moacyr Franco e Jean Miranda, “Pra Que Sonhar”, de Adelaide Chiozzo e Carlos Matos, e “Sim”, de Sérgio Reis, além de duas de suas próprias composições: “Eu Não Quero” e “Não Me Deixes Não”, esta última uma versão de “Je Ne TAime Plus”, de Christophe. O álbum contou com acompanhamento da Orquestra Chantecler, com arranjos e regências de Willy Join. No ano seguinte, obteve sucesso em Portugal com o compacto duplo “Onde estás”, “Não te quero mais”, “Acredito que te amo” e “Não me deixes não”. Em 1976, gravou pela Continental o LP “Joelma”, incluindo “Sem Querer Me Apaixonei (Sin Quererlo Yo Me Enamore)”, de Marquito e Robert Livi, “Venha Ver Meu Fim”, de Silvio Brito, e duas de suas próprias versões: “Livre”, para “Libre Como Gaivota”, de Felipe Gil e Mário Arturo, e “Um Momento de Amor Maior”, para “We Way Never Love Like This Again”, de Al Kasha e Joel Hirschhorn. Em 2015, lançou o CD “Joelma–50 Anos do Primeiro Sucesso”, comemorando os 50 anos do lançamento de seu primeiro grande sucesso, “Não Diga Nada”, regravado neste CD, que incluiu também músicas como “Ritmo da Chuva”, “Cenas de Amor”, “Tem Que Ser Com Você”, “Loucuras de Amor” e “Nossa Senhora Aparecida”. Entre seus sucessos estão “Não diga nada”, de Rossini Pinto e Fernando Costa, e “Alguém me disse”, de Jair Amorim e Evaldo Gouveia. Com grande sucesso popular, realizou numerosas apresentações no exterior e gravou discos em espanhol.
Hoje, a Rádio Na Era do Vinil é a emissora digital mais ouvida de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, e uma das primeiras do estado. No ranking Brasil estamos subindo a cada mês em audiência com uma programação diferenciada, que se debruça no resgate musical dos melhores discos da Era do Vinil.
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