Lanna Bittencourt: Estrela da Era de Ouro do Rádio

Sua voz começou a ser notada após a gravação de um jingle composto por seu pai, que era militar e poeta, para uma empresa de caminhões.
De nome de batismo, Irlan Figueiredo Passos, nasceu no Rio de Janeiro, em 1932. Lana atingiu o sucesso nos anos 50 ao interpretar canções como a estrangeira “Little Darling” (Maurice Williams) e “Se Todos Fossem Iguais a Você” (Tom Jobim e Vinicius de Moraes). À época, ficou conhecida como “A Internacional” – pela capacidade de cantar em diversos idiomas. Durante sua vida artística gravou 75 discos, além disso, apresentou programas em emissoras de rádio, tendo passado, inclusive, pelas rádios Tupi (em 1954) e Mayrink Veiga. No cinema participou de importantes trabalhos ao lado de Mazzaropi, a exemplo de “Chofer de Praça”, “Jeca Tatu” e “As Aventuras de Pedro Malasartes”.
Bittencourt foi uma das estrelas do rádio e também foi uma das pioneiras do rock no Brasil. Do rádio foi para o disco, formato no qual estreou em 1954 (na gravadora Todamérica) para, no ano seguinte, assinar com a Columbia, onde gravou boleros, tangos e outras canções de sucesso em inglês e espanhol.
Algumas das lendas da Jovem Guarda ainda eram crianças, ou adolescentes, e Lana já mandava muito bem com a música que foi uma das primeiras aparições do rock no mercado fonográfico nacional: “Little Darling”, do gênero “calypso”, foi um estouro. Esse hit, gravado nos EUA pelo The Dimonds, um grupo de Doo Woop, fez tanto sucesso na voz de nossa rainha do rádio que, em 1957, ela vendeu 700 mil discos graças ao sucesso da canção. A direção da gravadora Columbia comemorou. Ainda nesse ano, emplacou o baião “Zezé” (Humberto Teixeira e Caribé da Rocha). Ainda em 1957 gravou um de seus maiores sucessos, o samba-canção “Se alguém telefonar”, de Jair Amorim e Alcyr Pires Vermelho, que mais tarde, foi incluído no álbum “LANA EM MUSICALSCOPE”.

A artista não ficou presa aos anos dourados, interrompeu a carreira ao final da década de 1960 para cuidar da família e em 1977 retornou, cantou obras dos famosos compositores da MPB, fez vários shows e sempre foi acompanhada de perto pelo público fiel. Lana foi uma cantora de voz envolvente e interpretação passional, poderosa, afinada e intérprete maior. Suas gravações foram presentes que o mercado fonográfico concedeu aos amantes da boa música, desde os 78 RPM, nos anos de ouro do rádio.  No vídeo abaixo, sua brilhante interpretação para o clássico “Se Todos Fossem Iguais a Você”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes. 

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